domingo, 20 de abril de 2014

Pra ler ouvindo "Sentinela", do Milton

Um arrepêlo, friúme de acontecência rúim no embó deste sabá aleluio que foi tomar Tento da morte do Luciano do Valle, no mei da tarde enquanto meus omulus levavam cavalo a passeio pelas esquinas de Jacarepaguá  - magotão de malungos aprochegados num bar ali da Geremário olhando incrédulos pro que despejava a teletela mais próxima: cheguei pra junto e nem foi preciso cartilha, o bigornê foi Rente em riba da caixa das ideias. Tremi, zanzei mocó pelo Desmundo que é este limbão onde a gente se descarneia na eternidade que duram os minutos até a notícia varar cortinéus da mais crassa Incredulidade: nê pá possíble mon Diê, são menos de dois meses agora até a bola rolar no início da copa(impossível não  lembrar de meu pai lendo uma crônica do Sérgio Cabral de 1980 logo depois da morte prematura de Airton Barbosa, grande fagotista, arranjador e compositor  -  autor do imortal solo de fagote no início do samba "Preciso me Encontrar", do Candeia, gravado pelo Cartola em seu primeiro disco - Cabral falando, usando a voz do meu pai:" ....com tanta gente pra morrer"!!!!!)!
Renques de pitú e 51 eram pedidos de cambulhada com as brejas de sempre prum brinde póstumo prêsse cara que, Indiscutível qualquer parló, foi senão o maior com toda certeza um dos três maiores locutores esportivos aqui nestas enxúndias de Pindorama, desque em BANGU(sim, sou defensor da tese: que o Charles Miller foi o SEGUNDO a fazer rolar a pelota aqui nestas terras!) bailaram as primeiras peladas entre escoceses ingleses e bacuraus da Terra nos intervalos da Fábrica Bangu de tecidos, no Rio sim senhores.
Dizer as enaltecências do morto ilustre é fácil, e outros já estão fazendo, mais e Melhor do que eu. Prefiro uns chamegos no poxoréu das lembranças, lembrar da copa de 82 na Espanha e daquela Mágica seleção canarinho - com toda certeza a  trilha sonora dos gols e lances e da tragédia do 5 de julho frente a Itália no extintão  Sarriá fica  MUITO menor sem aquela voz  de barítono lírico que era a sua marca mais Inefável, além do bambolê perfeitíssimo executado com os búzios da mais cristalina Emoção, qualquer gerúmio que não seja talhado em pedra  se emociona, até hoje, com aquelas narrações  -  pra mim, magunço imberbe com meus seis anos, foi uma Epifania - isso pra ficar  numa quizomba só, foram trocentas, transmilhilhares de lá  pra hoje  até este mardito sabá.
É isso, prefiro desatar os nós das lembranças boas que nunca murchecerão, lembrar do Tudo que foi a vida que ele viveu - Viveu, maiusculamente  -  pra o carumbó deles Sempres, o nosso Milton certíssimo: memória Não Morrerá.

terça-feira, 15 de abril de 2014

O bar do lado, e outros ins....(Pra Aline Miranda. E pra Beta Melo)

Verbós  deste escriba em grifos na Lapa: noite em chuvismos cantários, quase outro dia no relojeco roscofe. Mem de Sá ao som Vizinho de uma banda pra riba e leira de BOA(no bar do lado). Momentim lancheril da véia e boa média  não requentada(tomara), pão(nem tão) quente com manteiga à beça, de um jeito lembrante à Noel não fossem os ares anos 6O da lanchonete, um tanto parangolérios demais pro(meu) gosto. 
Aqui pensando no que mais problemácio, se o cronista que num doidéu se mete a poeta ou se o poeta metido a tralhão no cafundó onde entre alguns vicejam Rubem Fonseca e Luis Fernando Veríssimo, isso pra não apelar e baixar logo à mesa Lima Barreto e Marques Rebêlo. Mas como poesia e grana Muito inexistem nus na mesma cama, há que um tentê de arriscar-Se. Alternativas : zerrôs, no meu dossiê.
No bar do lado rolam umas salsas muito das boas umas trêis vêis na somana, mas agora o que me Bate é uma versão instrumental da "De noite na cama", do Caetano, maravilhosamente clara água no lindo lago do amor. Gonzaga Fio assinaria.
De empós um momentó mei fugaz, lembrança não sei porquê no Ziraldo. Menino Maluquinho página tal: "O Menino Maluquinho tinha dez namoradas!". Ora bolas, eu Fui um menino maluquinho  e até hoje nem namorada tenho. Quanto mais dez. 
Mas pretendo me  Desasnar nem  que à força neste alcantil - metiê do prosaísmo ainda que pra mim inda bem looonge de ser redondo como a cerveja infame da propaganda ainda mais pluri - infame. Simborandá que é tarefa pro restil do ano pregada na porta da geladeira que nem promessa de ano-novo que a gente sempre  Desbunda. Enfim.
E em tempo: foi de longe a melhor versão de "de noite na cama" que eu já  ouvi. Inclusas as cantadas.