terça-feira, 5 de outubro de 2021

quarta-feira, 25 de junho de 2014

Pra riba e leira.....

Das muitas ironias que vida madrasta tão bem descambona pra riba e leira da gente, venho mui respeitoso  à sacada anunciar que justamente num turumbó de Orossismos também chamado de copa do mundo, a tal copa que não ia ter, com sua cobertura de fazer inveja a qualquer sistema grande-irmão-1984, e seus 64 jogos transmitidos rigorosamente ao vivo e a cores, eu, este vosso criado obrigado, se viu nas quebradas sem.......TELEVISÃO. É isto mesmo que vocês leram,sem nérias de pisurubas de arripetécias.......dela  telinha. Zero, zero, zerrô.
Como diria o Murilo lá em 1930, o soviete deu nisso, não saí chispando de Odessa nem tive duas filhas que namoram sargentos mas.....mas tive uns kembas de brios, semanas atrás, ao decidir desfazer uma ponta de um nó não moralmente Alcaçuz, se é que me entendem,rsrss.......decidi que já era hora de me desfazer de um sinal pirata de tevê a cabo, o popular......"catnet". Jóia, tudo azúleo,lindófero. Só esqueci que o tal pacote felino também incluía os sinaleiros dos canais abertos e eu, vosso criado obrigado aqui, não vi que estava......sem NADA que assemelhasse nem longe aquelas antenas de antanho. Trocadejando os miúdos, fiquei sem nérias leiras chatubas......de telefúncios.......nenhuns.
Tem mais. Mais cóses de amofinência, não cafungados por mim quando à mercê dos lambórios de bom-mocismo: a absoluta impossibilidade de, no momento, corrigir a contento este entrevero, por motivos de absoluto.......carraspanê franciscano. Absoluta "infalênça" dos cobres moucos, de qualquer lasca de Riso......enfim, no fear. Nada que um bar, dos populeiros pés-sujos não me "arresôrvam", ajêito assim bem mundrugo. Mas certo. Inda me alembro de ler em uma crônica do Aldir Blanc  láááá atrás,  nos idos de empós a queda das torres gêmeas, ele falando que descobrira naquela oportunidade que qualquer bar, mesmo o mais reles pé-sujo, já possuía, lampeiro, tevê a cabo,e das boas."Sinal dos tempos", a conclusão dele. Abençoado seja, esse tal fim de mundo.

domingo, 20 de abril de 2014

Pra ler ouvindo "Sentinela", do Milton

Um arrepêlo, friúme de acontecência rúim no embó deste sabá aleluio que foi tomar Tento da morte do Luciano do Valle, no mei da tarde enquanto meus omulus levavam cavalo a passeio pelas esquinas de Jacarepaguá  - magotão de malungos aprochegados num bar ali da Geremário olhando incrédulos pro que despejava a teletela mais próxima: cheguei pra junto e nem foi preciso cartilha, o bigornê foi Rente em riba da caixa das ideias. Tremi, zanzei mocó pelo Desmundo que é este limbão onde a gente se descarneia na eternidade que duram os minutos até a notícia varar cortinéus da mais crassa Incredulidade: nê pá possíble mon Diê, são menos de dois meses agora até a bola rolar no início da copa(impossível não  lembrar de meu pai lendo uma crônica do Sérgio Cabral de 1980 logo depois da morte prematura de Airton Barbosa, grande fagotista, arranjador e compositor  -  autor do imortal solo de fagote no início do samba "Preciso me Encontrar", do Candeia, gravado pelo Cartola em seu primeiro disco - Cabral falando, usando a voz do meu pai:" ....com tanta gente pra morrer"!!!!!)!
Renques de pitú e 51 eram pedidos de cambulhada com as brejas de sempre prum brinde póstumo prêsse cara que, Indiscutível qualquer parló, foi senão o maior com toda certeza um dos três maiores locutores esportivos aqui nestas enxúndias de Pindorama, desque em BANGU(sim, sou defensor da tese: que o Charles Miller foi o SEGUNDO a fazer rolar a pelota aqui nestas terras!) bailaram as primeiras peladas entre escoceses ingleses e bacuraus da Terra nos intervalos da Fábrica Bangu de tecidos, no Rio sim senhores.
Dizer as enaltecências do morto ilustre é fácil, e outros já estão fazendo, mais e Melhor do que eu. Prefiro uns chamegos no poxoréu das lembranças, lembrar da copa de 82 na Espanha e daquela Mágica seleção canarinho - com toda certeza a  trilha sonora dos gols e lances e da tragédia do 5 de julho frente a Itália no extintão  Sarriá fica  MUITO menor sem aquela voz  de barítono lírico que era a sua marca mais Inefável, além do bambolê perfeitíssimo executado com os búzios da mais cristalina Emoção, qualquer gerúmio que não seja talhado em pedra  se emociona, até hoje, com aquelas narrações  -  pra mim, magunço imberbe com meus seis anos, foi uma Epifania - isso pra ficar  numa quizomba só, foram trocentas, transmilhilhares de lá  pra hoje  até este mardito sabá.
É isso, prefiro desatar os nós das lembranças boas que nunca murchecerão, lembrar do Tudo que foi a vida que ele viveu - Viveu, maiusculamente  -  pra o carumbó deles Sempres, o nosso Milton certíssimo: memória Não Morrerá.

terça-feira, 15 de abril de 2014

O bar do lado, e outros ins....(Pra Aline Miranda. E pra Beta Melo)

Verbós  deste escriba em grifos na Lapa: noite em chuvismos cantários, quase outro dia no relojeco roscofe. Mem de Sá ao som Vizinho de uma banda pra riba e leira de BOA(no bar do lado). Momentim lancheril da véia e boa média  não requentada(tomara), pão(nem tão) quente com manteiga à beça, de um jeito lembrante à Noel não fossem os ares anos 6O da lanchonete, um tanto parangolérios demais pro(meu) gosto. 
Aqui pensando no que mais problemácio, se o cronista que num doidéu se mete a poeta ou se o poeta metido a tralhão no cafundó onde entre alguns vicejam Rubem Fonseca e Luis Fernando Veríssimo, isso pra não apelar e baixar logo à mesa Lima Barreto e Marques Rebêlo. Mas como poesia e grana Muito inexistem nus na mesma cama, há que um tentê de arriscar-Se. Alternativas : zerrôs, no meu dossiê.
No bar do lado rolam umas salsas muito das boas umas trêis vêis na somana, mas agora o que me Bate é uma versão instrumental da "De noite na cama", do Caetano, maravilhosamente clara água no lindo lago do amor. Gonzaga Fio assinaria.
De empós um momentó mei fugaz, lembrança não sei porquê no Ziraldo. Menino Maluquinho página tal: "O Menino Maluquinho tinha dez namoradas!". Ora bolas, eu Fui um menino maluquinho  e até hoje nem namorada tenho. Quanto mais dez. 
Mas pretendo me  Desasnar nem  que à força neste alcantil - metiê do prosaísmo ainda que pra mim inda bem looonge de ser redondo como a cerveja infame da propaganda ainda mais pluri - infame. Simborandá que é tarefa pro restil do ano pregada na porta da geladeira que nem promessa de ano-novo que a gente sempre  Desbunda. Enfim.
E em tempo: foi de longe a melhor versão de "de noite na cama" que eu já  ouvi. Inclusas as cantadas.

quarta-feira, 26 de março de 2014

Apontamento prum dia encoberto

Quarta-feira vinte e seis de março. Acabei de abrir o facebook  -  este Moloch ubíquo da nossa mísera pós-contemporaneidade. Pra dar de cara com uma foto colocada por uma colega  de uma oficina poética: uma morena linda com um sorriso mais enorme que o do gato da Alice com um litoral ao fundo, parecendo mar. Sabe quando no "perau mais fundo a mata verte a dor imensa", como diria o Bandeira numa versão de maior rotundidade no breu lá dentro da alma? Sou eu, na certezura mais cortante de como é ÍNFIMA, nesta vida ou em qualquer outra, a mais mínima chance de abraçar uma moça destas  pra além de conotações fraternárias...
Nesta altura de minha acidentada passagem por cá eu já deveria estar acostumado a ser invisível, pelo menos num  sentido darwiniano, pra maioria dessas malungas brasílicas que nunca pareceram levar tão à sério o miserável mote do Vinícius  - "beleza é fundamental" -  como nestes tempos horrendos, onde por aqui nos ocidentes as chaves de momo parecem há muito andar nas mãos do mesmo cara: esse Darwin maldito. A coisa do macho mais apto  e tal. Docências desta existência onde "ninguém chora, não há tristeza, ninguém sente dissabor". Só se for mesmo  na Mangueira. Sei lá.

quarta-feira, 25 de dezembro de 2013

Contim

"A vida é curta pra ser pequena" - é mote conhecido e obviamente respeitado  do mestre Chacal, meu mestre e amigo, também de tricolores Sofrências, como a desse inacreditável final de campeonato brasileiro de futebol - sunset 2013 - , com suas inesperadas rodadas  juristribúnicas e descalibrinos desfechos, ainda não consumados. 
Chamei pro muro esta frase pra destrinchar  que até mesmo as menores coisículas de inesperado aparício podem conter, senão lições, rodagem que se vai guardando e que se usa entroncamentos à frente prum fim teoricamente bão, a tal "experiência de vida" rezada pelas cartilhas. É o caso que puxo agora pro picadeiro, e acontecido com um amigo de muita andança nos sertões da música.
Arley chamava as canelas na volta à casa em Santa Teresa empós  ensaio ali na parte véia da cidade, as quebradas da rua do Senado, onde nos arrabaldes inda se comem nos butiquins os  bons pê-efes de antanhos que remontam às giras da tia Ciata, põe bons cem anos aí. Voltava com o violão na cacunda e o pensamento  naquele automático que a gente costuma ligar quando na ura pra chegar logo ao cafofo. A via era a avenida Chile, que se atravessa na direção dos pontos de ônibus que sobem Santa Teresa a partir ali da Treze de Maio. 
Pois bom, exatamente embaixo do viaduto que em cima é a avenida república do Paraguai passava o Arley quando uma voz manduca "ô cara esse violão aí", e o cara - ele o Arley - depois daqueles segundos de susto onde se pensa "perdicaralhoéassalto" procura ver daronde que tava o tal dono da voz, se epifania não fosse - há sempre esse ponto e vírgula quando se anda no centro véi do Rio nas madrugadas - e viu que o dono da voz era um candango sentado ali junto ao murão de concreto já bem usado pelos mijões de sempre. Mistura de Tiradentes de cartilhinha e passaralhos hipongas naquela barba bem Crística de tão enorme, um tipo aliás bem comum de se encontrar em qualquer ponto dessa cidade Partida, o cara fala pro Arley "né assalto não, que aliás nem se eu quizesse, as forças já num respondem como deviam", e num sorriso mei torto completa "cê toca violão né, pois eu também, pô deixa eu dar uma palhinha aí, faz tempo que não pego num instrumento".
Arley não era e nem é o tipo do sujeito leviano, mas a cena era decididamente um prelúdio de que algum viés interessante relumiria ali de tão inesperada  cartola. Ignorando o clima - e o fartum - daquele público mictório chegou pra junto daquela figura profética, verdadeiro Geraldão Viramundo saltado das profunduras do Fernando Sabino ali naquele início de madrugada. Ainda num bem compreensível ressabiê desencapou a viola - um giannini do bom(tenho um igual),  feito em maciço pau-ferro com escala de jacarandá - e o deu na mão do cara. "Senta aí irmão, eu num mordo não", tartamunhou a entidade, e o Arley na réplica "tá tranquilo parceiro, manda aí", no que foi prontamente atendido.
O cara fez um mi maior - maneira bem prática de  ver se um violão está afinado mesmo, e mandou:  nada menos que o Prelúdio nº 1 em mi menor de Heitor Villa-Lobos, e  para os leigos aviso: o nosso Villa  está para o violão exatamente como Chopin está para o estudo do piano. Já nos primeiros compassos o queixo do meu amigo se escafedeu gritando, e deve ter chegado sozinho lá em Santa Teresa, subindo as ruas literalmente com os dentes - o cara era FODA, monstruoso, piramidal, genialíssimo  na interpretação de peça que exige meses de estudo pra ficar "tocável", e além de tudo com uma sensibilidade maiúscula, de ser aprovado com vênias máximas em qualquer consurso pra professor de qualquer curso superior de violão. 
Nesse cantê  narrativo o Arley  já tava sentado do lado dele - esquecera o cheiro o mijo o diabo - e num crescente barrundó de espanto assistia ao que pra ele era já a melhor das epifanias  - foram pelo menos mais sete peças, todas constando em  portfólios de qualquer concertista que se chame Decente, e prefiro a omissão dos nomes e de seus compositores em respeitança ao leitor não - músico, com  exceção  de um: o cara finalizou com nada menos que o primeiro movimento do Concierto de Aranjuez, do espanhol Joaquim Rodrigo, simplesmente uma das mais caningadas "peças de resistência"- como diriam os franceses - de todo o repertório erudito do violão. 
De empós então o viramundo devolve(o violão) ao meu amigo, e visivelmente emocionado diz "valeu de Muito, mermão, eu tava precisando". E como se não houvesse feito nada de mais entrou num puxavanço de assunto com ele  - onde e com quem estudava, se  dava aulas, se tinha violão feito por "luthier" e por aí vai. O meu amigo o interrompe:" pô cara olha só, depois do que você fez o mínimo que eu espero é que você me responda umas perguntas, essa aqui pelo menos: COMO que um cara com o seu talento está aqui desse jeito, dormindo na rua no paredão da avenida Chile???? Não quero me meter na tua vida, mas convenhamos que é uma pergunta razoável, né? Inda mais numa hora dessas?"
O concertista improvável não se fez de rogado. Mas meteu a mão num dos lados do corpo, e surgiu uma garrafinha de água mineral  dessas de camelô - mas o líquido que estava dentro era meio escuro. Destampada que foi, o cara mandou pra dentro um golaço, limpou a boca com as costas da mão e ofereceu "manda aí, é uisquinho, cortesia de um turista bêbado que trocava as pernas por  aqui ontem ". Arley provou - ERA uísque mesmo, e do bom. Ele então começou: "cara o meu lance é bem comum na verdade, história que não interessa ninguém. Minha família nem é pobre, embora não seja rica, eu não sou daqui sou de Bom Jardim, mas vim pra cá uns vinte anos atrás pra estudar violão no Conservatório Brasileiro de Música. Eu tinha uns alunos aqui no centro mesmo,  morava aí nas quebradas da Cruz Vermelha. Tinha uma vida normal como todo mundo, saía no bloco das piranhas todo carnaval, enfim, é isso aí. Me formei, dei recital, um dos professores falou de mim prum colega, queriam me levar pra Alemanha, fazer doutorado, me especializar, essas merdas. Não fui porra nenhuma. O caso, mermão, é que eu tinha uma mina lá em Bom Jardim, uma fulana também musicista, professora. Linda, mermão, mas linda de doer. A gente tinha um lance, saca, namoro antigo,  compromisso. Falei com ela sobre a Alemanha, ela num quis nem ir comigo e muito menos que eu fosse. Fiquei, casamos, eu dava aula ela também, a coisa deu Curumim, um molecão taludo, cara, lindório mermo. 
Mas aí mermão, quando o moleque fez cinco anos foi que tudo fudeu. ' filhadaputa me traiu, xará, me traiu com um colega professor, um arrombado. Mermão eram quinze anos de lance, fora os trocados, a gente era grudado mermo, saca. E fudeu tudo, ela destrumpeteu se mandou, eu fiquei Muito na merda. Daí foi que parei com tudo, larguei com tudo. Larguei o guri com o meu pai, meti a cara no mundo, descaralhei. Isso tem tempo já. tem tempo..." e o cara parou de falar, assim num  cós-momentó. Ficou olhando os pés - tão imundos quanto o restante dele, e pareceu mesmo esquecer que meu amigo estava ali ao lado. E não abriu mais a boca. Arley olhou bem pra ver se o viramundo não tinha adormecido num repentê, mas não - de olhos bem abertos continuava fitando os pés, mas num modó Desligário. Voltara todo pro funduréu intransponível dos seus Pensares, lasso, absorto. Cânho. E de tal profundú nada mais subiria, de modo que meu amigo, depois de levantar e reencapar  a viola, recomeçou lentamente seu procissório, rumo à treze de maio.
Voltou-se pra olhar   várias vezes: a ver  se no duró das braguetas não tinha  sido mesmo cambôncia malungúria exu o que acabara de ver, naquele enxó-madrugada,  murundó dela  avenida Chile. 

segunda-feira, 23 de dezembro de 2013

PUR - TU - GAL!!! PUR - TU - GAL!!!

Qualquer que seja o desempenho da seleção portuguesa de futebol daqui seis meses contados se copa houver mesmo - as runas búzios bumbas tripúdios a essa altura não vigem cós de Futuro, que a voz do povo em junho último nas avenidas nas praças inda lhes dá nos tímpanos como palmada em bunda de menino, daí dizerem é com vocês povoléu - enfim qualquer que seja o aprontó dos gajos da camisola das quinas aqui nas várzeas de Pindorama, pra mim o que fizeram nos dois jogos da repescagem européia contra a Suécia do Ibrahimovic  foi simplesmente o máximo: não só passaram o rodo o chinelo as tamancas nos Candinávios como principalmente calaram a boca de parte da nossa imprensa esportiva que late nos 'portevês patropis suas pretensas bolas de cristal - uma vez mais descaralhadas no turumbamba que foram esses dois jogos em novembro último.
Minha particular desavença com estes senhores  vem lá de Longe, desque minino eu vi nas tevês o véio e saudoso Zezé Moreira - ex-treinador da seleção brasileira e auxiliar pessoal do Telê nas urubusservagens aos adversários do nosso escrete em terras de Espanha - pedir olho vivo e barbas de molho com a seleção da Itália na véspera daquele dia maldito lá no já finado(e  lamentado - por nós) estádio  Sarriá; eu vi o velho treinador brandir, quixótico e solitário o sinal vermelho numa mesa redonda, onde a reação dos doutos comentaristas foi a mesmíssima do pessoal que ouviu o Lênin  dizer que a fundação de um banco era cem vezes pior que um roubo a esse mesmo banco - um rebentró de hilaridade explícita, num rinchavelho de cascalhadas ver cangalha de "quás" - um desses "gênios" chegou dizência "esse Zezé tá gagá" - e o resultado, dezesseis horas três paulos rossis depois é o que se sabe: aquela fantástica seleção canarinho saiu da vida pra entrar na história, e me perdoem o bate-bola infame com a frase epitafial do dr. Getúlio.
Eu tinha seis anos, naquele quatro de julho de 1982, e nunca esqueço daqueles "quás" disgramados que dispararam em cima do saudoso ex-treinador, na véspera daquele Sarriá maldito. De lá pra cá quanta parlice de achismo fácil eu já ouvi de gente pseudamente entendida e que o resultado dentro do campo se encarregou de solapar depois, e foi este o caso, de Portugal x Suécia, pela repescagem européia.
Depois do sorteio onde saltaram de cara  os dois confrontos "de morte": a França enfrentando a Ucrânia e Portugal a Suécia, com o segundo e decisivo jogo marcado pra Estocolmo,  foi uma coisa o desandó parlatício de parte da imprensa esportiva tupiniquim - tevês e rádios e sites a profetar que - ali no olho por olho os nosso gajos irmões levavam sim desvantagem. Que o pessoal escandinávio  era dez vêis mais firmino ali no entrós da cebola e que a nau lusitana era cabraque de um só Camões - e por aí foram os tais predisivos comentaristas, todos uníssonos na lamentança de que o segundo - e repito decisivo jogo - estivesse marcado pro "caldeirão" de Estocolmo, onde apesar dos defensores - del - chaco - suecos estarem mais pra peneira que pra muralha, o ataque deles seria  furdunço na pajelança dos gols que sem dúvida lhes chegaria como Diferencial, tendo ao comando um mui digno descendente da boa escola iugoslava de futebol nos antanhos da guerra fria, o temível - e gigantesco - Ibrahimovic.
Pois bom , isto por aqui não é uma crônica esportiva. É sim um destabôco maluco pra mode oxuns de certença num foco só: no futebol como na vida, impossible dinamitar a ilha de Manhattan usando apenas  xavecos e  demais bolas de cristal.
No caso de Portugal x Suécia deu no que deu, esse bode: no somatório dos dois jogos o resultado foi 4 x 2 pro pessoal da camisola das quinas, com o gajo Cristiano Ronaldo mostrando que, se não joga que nem o tal Messi com certeza  faz gol como ele, talvez mió. E - oooohhh surpreeesaaaaa - o time lusitano tem além dele mais quatro/cinco bons carregantes de piano - coisa que do outro lado o Ibra  não tinha.
Por isso eu disse, seja qual for o desempenho dos portugueses  aqui no engroló patropi em junho próximo, pra   mim  já estará de bons tamancós, e me darei por bem  pago: pois entortaram(outra vez) a língua de parte de  nossa (pseudamente) especializada imprensa esportiva.