quinta-feira, 15 de outubro de 2009

Um cós, ou rés, de prefácio

O primeiro esboço de prosa. O primeiro caderno, óbvias as abóboras. Cozidas, cruas, de todo tipo e tempero. Até que escrever prosa deveria ser fácil, se alguém fosse olhar apenas o meu histórico de redações na vida escolar pregressa. Só nota grande, dessas de cem reais pra cima, às vezes com algum comentário de rosáceo futuro que algum professor bonachão dava, de graça. Nada mais Lêdo. Sem trocadilhos infames. O escritor mergulha num sono hibernal que estrapolou duas décadas, o músico que eu nunca fui acordou, eu nem quatorze anos tinha. Daí que idas e vindas, mais revertérios que escapanças, um casal de pais com seu tanto de torquemadas e rodas, brigas, mágoas desnecessárias, apelo a que eu visse a quantas andava o país, e que eu fosse tocar viola numa trincheira de mais nobre estirpe, como a dos economistas, ou não dando até lá meu carretel , a dos contadores(e que eles não pensem que eu estou fazendo algum tipo de pódio, que senão me fritam), prova viva que aquele ditado brasileiro que pontifica sobre os pais cegos jaz na mais pura e cristalina poltrona da verdade, de vez que o rapaz aqui veio à luz deste mundo com uma séria e irreversível alergia às matemáticas. Todas elas, de qualquer tipo, dái o plural mais que de propósito. Um tanto de exilado provisório, de vez que redijo estas barbaridades num computador de propriedade dos correios e telégrafos a quase mil quilômetros do meu Rio de janeiro querido, da minha zona norte com seus bares de Pixinguinha onde espero de novo esteja eu pontifício, como bom seguidor deste grande mestre. Pois é, e aqui onde estou se chama, desde mais ou menos 1855 Joinville, estado de Santa Catarina, terra boa e agora até conhecida dos gringos, de vez que, daquele mega terremoto de antes do final de 2004 e sua mexida no eixo de rotação do planeta sobrou para este simpático estado de nossa primeira santa oficialmente canonizada uma entrada triunfal na rota internacional dos furacões e tornados, um dos quais passou a, não mais de dois meses, bem no cangote de onde estou provisoriamente morando. Aquela cena de vacas voando e tal. E por hoje Enquanto. E só, como diria o gaguinho. Até os próximos informes, com a mesma quantidade de absurdos, espero. Afinal tenho uma reputação de louco a ser preservada.